Elegíaco
Ó célebre, histórico.
Alargas os braços qual sedutor porto —
convidas-me imenso.
As vestes se me colam ao corpo;
eis que me tens, tu alto, denso.
Um forte lamento ecoa ao norte;
não sei que monstro de teu arsenal rasgou-me a noite.
Cavalo-marinho passeia a meu largo;
seu dorso é negro, é sinistro. É morte.
Vai em ritmo lento
meu triste corcel. Seu corpo é mudo,
seu canto é surdo.
As vestes diluem-se, calmas.
Os olhos perscrutam uns vazios.
Quem és tu que me chamas, Terrível?
Desfaz o horror. Aquece meus frios.
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home