segunda-feira, outubro 30, 2006

Rumo ao Festim

O Ser adeja imponente

e desnudo e circunciso.

Abre a boca e se afigura

um terceiro sol na face.


Preparo as fundas de jade,

arremesso-as em seu rosto.

Do olho vazado bebo

marfim-lava, eu gozoso.


Inteiriço, também triste,

ele me fita, insone.

E tremido eu lhe cravo

minhas garras em seu corpo.


Em meu rosto esfrego carne:

uns nacos e muito sangue.

Minha pele se avermelha.

E a língua lambe, lambe.